sexta-feira, 15 de abril de 2011

Resultados distintos no encerramento dos debates

Chegam ao fim, no início da noite desta sexta-feira (15), as jornadas de negociações do Conselho de Segurança da ONU e do Conselho Permanente de Ministros da OEA.  

O Conselho de Segurança, mesmo após intensos debates, não chegou a um consenso sobre que medidas adotar para sanar os conflitos no Afeganistão e no Iraque. Em seguida ao veto americano à resolução oo3, a China vetou a resolução 004 oferecida pelos Estados Unidos. 

O Conselho Permanente da Organizacao dos Estados Americanos acatou a proposta de resolução elaborada pela delegação da Jamaica, da República de Honduras e da República da Nicarágua. Chegou-se, portanto, a uma resolução. Confira.


Troca de farpas entre EUA e Venezuela

OEA discute sobre corrupção e direitos humanos

No início das discussões do segundo dia de reuniões da OEA, várias delegações pediram que assuntos como corrupção e direitos humanos fossem amplamente discutidos, temendo que ocorresse o mesmo que no dia anterior, quando muito se falou, e poucos resultados foram obtidos.

Ao se pronunciar sobre o tema corrupção, os Estados Unidos afirmaram que esse é um problema que aflige não só os países latino-americanos, mas todo o mundo. Disse ainda que a situação é mais grave em países pequenos.

Em resposta as afirmações americanas, o Peru disse que as declarações foram infundadas e ofenderam o povo dos países que os EUA consideraram em sua visão particular como “pequenos”. Por sua vez, os americanos informaram que ao se referirem a países pequenos estavam falando no porte financeiro e não na área geográfica destes. Declararam que sua intenção é apenas a de ajudar os países onde o problema da corrupção é exacerbado. Além disso, os americanos afirmam que seu país não está isento deste problema e sendo assim não tiveram intenção de ofender ninguém.

Irã divulga Carta de Repúdio contra EUA

O Irã lançou uma carta de repúdio direcionada aos EUA sob a alegação de desrespeito à opinião das nações que se mostram contrárias aos seus posicionamentos. A delegação iraniana disse que a organização do Conselho de Segurança da ONU é uma instituição séria, profissional e responsável pela segurança no mundo, onde as opiniões devem ser respeitadas.

Na carta, declararam, ainda, serem respeitadores da opinião das demais delegações, e esperarem que a nação que se coloca como a maior democracia do mundo demonstre o mesmo. Clique e veja a carta de repúdio divulgada pelo o Irã, junto aos demais signatários na íntegra.

CS da ONU elabora Resulução Nº 2 em combate ao terrorismo

Diante do agravamento da situação de crise exposta no Conselho de Segurança ONU na manhã desta quinta (15), descobriu-se que dentre os presentes reféns havia 7 cardeais que estavam sob tortuta, os EUA lançou um novo projeto de resolução (002), que não concorda com as exigências feitas pelo grupo terrorista Al-Qeada. Junto a ele os seguintes signatários: Rússia, França, Reino Unido, Gabão e Bósnia. Perante este projeto de resolução a maioria das delegações concordaram, exceto o Líbano, que foi a favor com direitos, pois segundo o delegado daquele país a primeira clausula não identifica, com precisão, o que os EUA considera como pessoas supeitas. Confira a resolução na íntegra.

Conselho de Segurança enfrenta segunda situação de crise

A manhã desta sexta-feira começa agitada também para o Conselho de Segurança das Nações Unidas. Em vídeo exibido durante a reunião, o Conselho recebeu a notícia de que mais de 150 cristãos estavam reféns da Al-Qaeda na igreja Nossa Senhora da Salvação, em Bagdá.

Os Estados Unidos reagiram às notícias pedindo medidas mais enérgicas de combate ao terrorismo, uma vez que as medidas anotadas ontem não teriam sido suficientes para deter as ações da Al-Qaeda.

A China, por sua vez, manifestou preocupação com as medidas enérgicas propostas pelos estadunidenses, na expectativa de que não incluam intervenções militares. Afeganistão, Líbia, Iraque, Irã e Gabão, da mesma forma, pediram cautela nas ações a serem tomadas.

Após o início das discussões, o Conselho recebeu informação de que, dos 150 reféns, sete cardeais estavam sendo torturados. A mesa pediu pronunciamento das delegações e expressou suas condolências. 

Delegados da OEA discutem a Lei habilitante

Na tarde de quinta-feira (14), a reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA) se deteve, em sua maior parte, na questão da Lei Habilitante aprovada na Venezuela. Segundo os países opositores, esta fere o direito à democracia, pois a Assembleia continuará existindo por 18 meses, mas sem poder algum, posto que o presidente Hugo Chávez pode aprovar leis sem que elas tenham de passar pelos parlamentares, o que caracteriza um mecanismo de controle ainda mais autoritário.

Os EUA foram taxativos em sua opinião se declarando, como esperado, contra a “lei habilitante”, tendo seu discurso apoiado e reforçado pelas delegações do Canadá e Barbados. A Venezuela também recebeu suporte em suas decisões do Peru, Equador, Bolívia, Paraguai e da Argentina.

Ainda se estabeleceram breves discussões sobre a Corrupção e os Direitos Humanos nos países participantes da OEA, assuntos que redirecionavam ao tema da Lei Habilitante. Neste contexto, a delegação Brasileira propôs um grupo de observação e análise a ela, mas se questionou de onde viriam fundos para tal criação. A delegação Uruguaia colocou, por fim, a intenção de criar um fundo que atendesse países em situação de redemocratização. A todo momento lembrou-se da repressão da imprensa imposta pelo governo Chávez, onde os delegados presentes expuseram opiniões contra e a favor.